UM CONVITE À AÇÃO
Somos um ponto de convergência, plural e independente, que quer mudar a política e as cidades
Nós acreditamos nas
pessoas. E na força das multidões.
Acreditamos que as
mudanças verdadeiras, extensas e profundas, só acontecem quando pessoas superam suas divergências e
se juntam por objetivos comuns, respeitando diferenças, alinhamentos
partidários e vieses ideológicos, mas superando as limitações da forma, no
encontro de conteúdos transformadores.
Acreditamos que só a
centelha certa pode acender uma constelação. A constelação
de sonhos que vive adormecida no coração das pessoas.
É possível, sim,
buscar aquilo que nos une por fora e acima das distâncias que nos separam.
Chamamos a isso
de sustentabilismo - o conjunto de ideias, conceitos e práticas referentes à sustentabilidade sistêmica, que começa, e só pode começar, pelas cidades, porque tem a ver em como um indivíduo, um coletivo, uma casa, um bairro, um estado, um país ou um planeta conseguem suprir as suas necessidades e demandas, sem comprometer as gerações futuras.
O sustentabilismo aponta para a transformação das relações de produção, do aparelho produtivo e do padrão de consumo dominante a partir de nossas práticas cotidianas no presente. Não fica à espera do big bang social que levará a cabo, como que por milagre, os fundamentos da civilização capitalista.
Chamamos de sustentabilismo para a convergência entre a ecologia militante e o socialismo democrático. Uma vereda nova, igualitária, que busca socializar as riquezas respeitando a diversidade, a pluraridade, a multiplicidade de perspectivas e pontos de vistas que coexistem em nossa sociedade.
A prática sustentabilista visa melhorar a qualidade de vida implantando práticas sustentáveis no cotidiano, diminuindo as desigualdades sociais, ampliando os direitos e garantindo acesso aos serviços, como educação, saneamento e saúde principalmente, que visam possibilitar às pessoas acesso pleno à cidadania.
Isso começa com a formação de uma rede, de um entrelaçamento de pessoas e propósitos, que resulte numa mobilização capaz de acender a esperança aqui e ali, para reconstruir cidades e comunidades com
novos paradigmas, para que todos tenhamos, no futuro visível, o nosso lugar
de pertencimento.
O Coletivo Ursula
Vidal quer ser um ponto de convergência para interesses comuns e faz um apelo
pela governança participativa, sustentável, solidária e responsável de nossas cidades.
Nossa tarefa é, ao
lado de todos os que quiserem, promover a evolução do conceito de cidadania e ecologia na
direção da noção de governança
compartilhada, solidária, que combata em seu cerne o egoísmo, a ganância, a
indiferença, a devastação ambiental e as assimetrias sociais, inimigos que teimam em nos desafiar.
Nosso apelo evidencia
a urgência de construirmos novos balizamentos para a tomada de decisão, para
orientar nossas práticas, para guiar nossos valores e ideias, que humanizem a
política e não a perpetue como uma indústria de desigualdades e preconceitos,
como é na atualidade.
Propomos, diante da
crise socioeconômica, institucional, moral e ecológica do presente, agir com
rapidez, a fim de reafirmar laços comuns com os coletivos, com os saberes, com
a cultura, com a história das multidões que precisam ser ouvidas, para nossas cidades se reconheçam patrimônio coletivo,
de iguais, independente do gênero, da cor da pele, da identidade, do partido ou
da religião.
Essa iniciativa é, também e antes de tudo, um convite à união.
Convidamos todos a fazerem parte desse movimento suprapartidário que busca se somar
a tantos quantos queiram conosco, realizar uma
tarefa histórica: cuidar de nossas cidades para as pessoas e, ao mesmo
tempo, restituir o significado da política, para
que ela não seja mais a imposição de uns e sim a justa mediação dos interesses
de todos.
O ódio e o
preconceito que alimentam o pesadelo autoritário devem ser cancelados, para que
a política passe a ser o lugar do diálogo, e não do confronto; da construção
coletiva com as pessoas e não do conflito destrutivo entre elas; unindo-as para
encontrar os melhores vieses e soluções, superando as diferenças pela prática
comum.
Propomos para isso um mutirão solidário em defesa do lugar que
habitamos e que, simultaneamente, nos habita, nesse planeta.
Sim, o caminho que
vislumbramos não está pronto.
O inventaremos ao
caminhar.
E, traçado por muitos
pés, nos possibilitará vencer as distâncias da desigualdade, abrirá horizontes
de oportunidades e promoverá inclusão em escala, em cidades, diversas, multitudinárias, sínteses cabais de nossos melhores sonhos.
Porque a vida é circular. E o novo sempre vem.
VAMOS JUNTAS
Mulheres são como água. Crescem quando se encontram.
Mulheres são pessoas. Óbvio? Nem tanto. Veja a galeria de ex-presidentes. Veja a representação nas casas legislativas. Vejam a desigualdade de remuneração. Veja a violência física e estrutural a que somos submetidas.
Sim, somos pessoas, mas que precisam ocupar os espaços de mando e de poder para garantir direitos e pra fazer valer a sua voz. Afinal, somos a maioria da população.
As desigualdades vividas pelas mulheres se estruturam a partir de relações patriarcais e machistas que têm nos negado o desenvolvimento pleno há séculos.
A hegemonia dos homens na esfera pública é herança de uma forma de organização política, econômica ou social que parte da ideia de autoridade e liderança exclusivamente masculinas. Tal organização social, vertical, leva ao predomínio dos homens e conduz não apenas ao preconceito de gênero e à formas vergonhosas de violência, mas também à edificação de uma sociedade que se constrói de costas para a maioria.
É preciso garantir políticas públicas que afirmem o protagonismo das mulheres no novo ciclo de desenvolvimento da cidade, por meio de ações que promovam a autonomia econômica das mulheres, a igualdade de oportunidades, a ampla participação política e a isonomia no mercado do trabalho.
São as mulheres que sentem com mais intensidade a falta de equipamentos públicos como creches, escolas e abrigos para idosos.
São elas que vivem e vivenciam as dificuldades do sistema público de saúde, a violência doméstica, o aumento dos preços, o transporte público caro e inadequado.
A luta pela cidadania das mulheres não significa a simples extensão dos direitos já conquistados pelos homens. A cidadania das mulheres não é apenas a afirmação da igualdade porque ela, em si, não elimina diferenças. As mulheres querem o poder de decidir, querem deixar de ser coadjuvantes na política e assumir o protagonismo. Mulheres querem sair da invisibilidade para se tornarem sujeitas de suas vidas e de seus destinos.
As propostas que apresentamos para as mulheres se concentram em três eixos básicos: trabalho, saúde e combate à violência.
Na área do trabalho, defenderemos políticas de incentivo ao emprego de mulheres, priorizando chefes de família e mães solteiras, garantindo seu acesso inclusive a frentes de trabalho. Queremos criar linhas especiais de microcrédito para cooperativas de trabalho feminino.
Ofereceremos apoio ao pequeno-empreendedorismo feminino, por meio de acesso a microcrédito e da capacitação profissional. Para garantir o direito ao trabalho e à educação de mães, estimularemos a ampliação da oferta de vagas em creches em tempo integral.
Na área de saúde, defendemos o fortalecimento dos mecanismos de prevenção e tratamento das doenças que atingem as mulheres com destaque para a criação de um programa emergencial que reduza a mortalidade materna através de assistência ao pré-natal, parto e puerpério, diminuindo o número de cesáreas.
Na área do combate à violência contra as mulheres, defendemos a criação de abrigos para as vítimas e, por meio de convênio com o Governo do Estado, o estímulo à ampliação do número e a distritalização das delegacias especializadas, Campanhas sistemáticas sobre o direito da mulher e empoderamento feminino devem ser promovidas, levando esse tema inclusive às escolas.
Defendemos a criação de Secretarias Especiais da Mulher e da Juventude, com orçamento próprio e vinculada diretamente à chefia do executivo municipal. As ações dessa secretaria serão feitas em articulação com os movimentos das mulheres e da juventude, dentro dos princípios da participação popular e da construção coletiva.
Eleger mulheres é um ato de afirmação potencialmente transformador, que aponta para a ruptura com a cultura de subordinação da mulher e auxilia na construção de nossa cidadania plena. A grande onda feminista há de transbordar para inundar de democracia cada canto do planeta. A começar pelas cidades.
E AGORA?
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