Foco na sustentabilidade
Nosso projeto de cidades ecológicas é sustentado na mudança da cultura consumista e na adoção de tecnologias verdes modernas, flexíveis e inteligentes.
A União tem que investir pesado em Ciência, Tecnologia e Inovação nas universidades, institutos e centros de pesquisa, de modo a fazer com que todo esse conhecimento e investimento se converta em melhorias reais na vida das cidades. Podemos usar os avanços dos últimos anos na oferta de energia em níveis estáveis para fazer uma inflexão gradual em nossa matriz energética, rumo ao novo modelo energético. Nossos recursos naturais devem ser preservados e protegidos da devastação que a ameaça com os ataques internos e externos que estamos sofrendo, especialmente na Amazônia.
O Brasil precisa entender a água como direito humano e o saneamento como política pública essencial para a oferta desse direito. Defendemos investir na gestão sustentável dos recursos hídricos, protegendo aquíferos e lençóis freáticos da contaminação e super exploração, recuperando nascentes, despoluindo rios e ampliando as obras de saneamento para afastar o fantasma do racionamento de água. Vamos retomar a revitalização de bacias hidrográficas como a do São Francisco, uma prioridade de integração nacional e ampliar o programa de construção de cisternas.
Viver em harmonia com o meio ambiente é o desafio a ser enfrentado por nossas cidades. A transição ecológica que propomos tem como horizonte o direito à cidade, com políticas integradas de ocupação do território segundo critérios públicos de integração de políticas de moradia, mobilidade e infraestrutura urbana.
Precisamos escrever coletivamente uma nova agenda de reforma urbana, que apreenda a necessidade de mudança em nossa matriz produtiva . Investimentos em moradia popular em especial em áreas metropolitanas, não pode ser feita construindo casas improprias para o uso humano, como vem sendo feito, e sim na construção de territórios inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.
Nas grandes, mas também nas médias e pequenas cidades, a transição ecológica certamente trará inovações no apoio à economia circular, a uma nova política de consumo e tratamento de resíduos, à busca de novas tecnologias de iluminação e mobilidade urbana e regional, na busca de modelos diversos de cidades inteligentes sustentadas em coletivos ativos e na autogestão.
Viver bem no campo tem como pressuposto integrar três dimensões essenciais à transição ecológica: produzir alimento saudável como prioridade da agricultura familiar, gerando emprego e renda no campo e abastecimento com qualidade nutricional nas cidades; ampliar a oferta de serviços nas pequenas cidades do interior, evitando a evasão territorial em busca de direitos à educação, ao trabalho, à saúde e à cultura nos centros maiores; e democratizar a propriedade da terra com políticas de reforma agrária, fortalecimento da agricultura familiar de base agroecológica e da agroindustrialização da sua produção e ampliação do crédito e da economia solidária como instrumentos de desenvolvimento.